Simples, única e insubstituível
Chegou. Sentou-se. Sentou-se perto do pintor, disse-lhe qualquer coisa. Sorriram os dois. Mostrou-lhe aquele sorriso que remexe toda uma Natureza, toda uma paz. Aquele sorriso brilhante, irreal, sentido. Levantou-se. Seguiu o seu caminho deixando o pintor concentrar-se na beleza do jardim.
Em redor, não deixando de parecer um ser orientado e com certezas do caminho que queria seguir, procurou algo único com o olhar. Algo que, mesmo que simples, fosse insubstituível. Algo em que ninguém repararia. Aí, seus olhos encheram-se de uma mistura de carinho e paixão, muito doce!
Fechou os olhos com força para conseguir acreditar na perfeição daquilo que seus olhos viam.
Simples, única e insubstituível. Assim era aos seus olhos… Aproximou-se. Enchi-me de coragem e olhei-lhe nos olhos. Senti-me tão do tempo, tão do vento, tão da Natureza, tão…tão natural. Sempre esperei que alguém com a capacidade para amar chegasse ao meu parque, à minha vida.
"Nunca quis tanto algo como te quero a ti… Sentir-te, abraçar-te, olhar-te nos olhos, dar-te para sempre a minha mão gelada e deixar que me aqueças o coração." Quando vi, pela primeira vez aquele ser na minha Natureza perguntei-lhe com o coração: "Queria tanto que tivesses chegado mais cedo. Teria sido tão feliz contigo… agora, agora é tarde demais!"
"Nunca quis tanto algo como te quero a ti… Sentir-te, abraçar-te, olhar-te nos olhos, dar-te para sempre a minha mão gelada e deixar que me aqueças o coração." Quando vi, pela primeira vez aquele ser na minha Natureza perguntei-lhe com o coração: "Queria tanto que tivesses chegado mais cedo. Teria sido tão feliz contigo… agora, agora é tarde demais!"
Um parque cheio de flores murchas. Um banco para dois solitário. Um cinzento da calçada que abafa a tarde. Os ramos das árvores nus como braços congelados. Um sol escondido por detrás de nuvens carregadas de ódio e tristeza por saber que tive de partir quando chegou.. assim sou, enquanto não és.
'Clara'
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