diogo? sim, tu
01:050

diogo,
     dei por mim no 735 com destino Cais Sodré de livro na mão. fingia ser lido. todos os cantos, todas as ruas que conseguia ver do autocarro me pareciam suspeitos de te terem visto passar. 
     não consigo entender como não gostas da nossa cidade - era só nisso que pensava hoje. Lisboa é espelho da verdadeira História, do Amor puro, do incontornável Fado. ah...como lamento nunca te ter conseguido provar isto mesmo! mas há tanto que não consegui mostrar-te ser real.
    por mais que queira convencer-me de que sei o que faço e de que esta é a decisão correta, não consigo. não sou capaz de seguir em frente. falta sempre aquele último empurrão. aquela palavra menos elegante fica por dizer. 
     sinto um vazio que me enche de certezas de nada. e o que é certo é que esta sensação me faz relativizar tudo. tu sabes que espaço é este e nem mesmo assim pareces querer reconhecer. o quanto te afastaste da pessoa maravilhosa por quem me apaixonei, de quem sentia o maior orgulho. 
     não foi suficiente. não fui suficiente. não éramos o que querias para ti ou pelo menos nunca tiveste a coragem de o assumir. contudo, não sou da opinião de que foi em vão. não foi sem razão. ainda foram umas quantas alegrias, uns quantos momentos embaraçosos, uns quantos pormenores que fizeram de mim a pessoa que sou; e também de ti a pessoa que, melhor ou pior, és.  
já te disse tudo tantas vezes que se torna difícil pensar em algo que ainda não saibas. mas deixo isso para outra altura.
uma altura menos atribulada. uma altura que seja imune aos efeitos destas minhas decisões. 
foste quem me moveu durante anos diogo, 
agora é tempo de eu ser o melhor de mim mesma.
clarinha

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O grande herói, o viajado.
14:500

As viagens já não são desculpa para ninguém. Nem mesmo para o maior ingénuo, o maior falhado, aquele que me deixa sempre, educadamente, no início do ciclo. Depois de te ajudar a fazer as malas e depois do medroso e já arrependido «quanto tempo vais estar fora desta vez?». Já nem o que sinto por ti chega para acreditar que vale a pena.
Acordei contigo ao meu lado, despenteado e preguiçoso. Comecei aquela luta interna para tentar chegar ao relógio que está na mesinha cabeceira. Inesperadamente, sinto-me a cair e acordo onde me deixaste. Usaste-me, fizeste de mim o teu porto seguro, aquele lugar cheio de almofadas e sacos de água quente, onde tudo está pronto para receber o aventureiro. O grande herói, o viajado.
Aquela última vez que te vi na esplanada, percebi o que realmente vale a vida. Percebi também que não valemos o mesmo na vida um do outro. A mim bastava-me o alívio da tua mala a cair no sofá da nossa sala secreta. O reconforto da tua gravata esquecida no nosso chão.
Mas agora, não há mais ciclos. Não vão existir mais chegadas para que haja partidas. Houve uma última partida, que me deixou desejosa que nunca tivesses voltado. Não da maneira que voltaste, altivo, distante e amargo.

Agora receio como nunca reencontrar-te, receio a hora em que todos os ensaios se vão tornar devaneios. 

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desculpa-me
18:500


Diogo, 
     hoje cheguei à conclusão mais óbvia e a única a que podia chegar. tu, lá da tua maneira, sabias dar-me valor. não conheci ninguém desde então que me desse o que tu me dás. é inexplicável. 
     sabes quem é? aquele rapaz da turma da manhã que costumava sorrir quando eu passava? nunca cheguei a perceber o porquê dele o fazer, mas percebi agora que ele preencheu em parte o espaço que deixaste vazio quando te afastaste. é verdade, aproximámo-nos. sem motivo, sem segundas intenções à partida. mas sim, aproximámo-nos. queres que te diga que passei a confiar nele tudo o que confiava em ti? impossível. nós já somos capazes de dizer o que se passa um  com o outro sem sequer ser preciso falarmos. 
     sinto que te traí, mas a verdade é que o fizeste primeiro. ou talvez eu tenha pedido sempre demais. como faço agora de novo. tenho sentido que não sou nem metade do que ele é para mim, nele. tenho sentido ciúmes. tenho-me sentido insegura e tenho sentido que nada do que faço o fará perceber que o quero apenas ajudar. 
     tu compreendias sempre quando te queria ajudar. tu conseguias sempre arranjar uma maneira mais leve de me mostrar onde errava. ele esteve até agora na ideia de que eu era perfeita e de que já tinha aprendido e errado tudo o que tinha a aprender e a errar. mas não. posso ter chorado muito por ti, mas não cometi todos os erros que devia para poder crescer.
tu percebias isso. 
não quero mais compará-lo a ti, mas tenho saudades tuas Diogo 
à espera que me ajudes a perceber o que tenho de fazer,
sempre tua, Clarinha

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ranhoso
22:530

Diogo, 
     sinceramente não sei como deixei passar tanto tempo sem te escrever, apesar de ter consciência de que todo este tempo não foi obra do acaso. tenho saudades do teu sorriso, e tenho ainda mais saudades do teu sorriso como motivo do meu. tenho saudades de ter vontade de te contar tudo o que aconteceu durante o dia, não que já não tenha, mas o tempo não deixa chegar a noite em que volto a poder fazê-lo. escolhemos caminhos diferentes, não controlamos tudo o que acontece (que frase feita, nem parece meu). felizmente sei que continuo a poder contar com o teu apoio. 

     desculpa, desculpa se não escrevi, tinha mesmo a sensação que ia começar a receber aquelas cartas e mensagens que te deixam sem vontade de falar com outra pessoa que não seja o remetente. pensei que ia ser feliz. de facto a ilusão afasta-nos do que é realmente importante. 
     desculpa, continuas a ser parte de mim, acredita que penso em ti todos os dias. na verdade, penso mais em ti agora, que me tiraram de novo as certezas que de noite me deixavam dormir descansada e realizada. 
mas quem me realiza és tu, espero não vir tarde.
Clarinha

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just what I feel
23:250

vou escrever em MAIÚSCULAS para poderes ler bem.

SE PUDESSE
EU NÃO ME IMPORTAVA NADA DE TE MOSTRAR 
MIL E UMA VEZES O TAMANHO 
DO MEU ORGULHO POR TI.

era só esta a minha vontade.
Clara

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é segredo o que não sinto
09:100

     sei que é pedir demais querer receber uma mensagem todas as noites, antes de adormecer, para que possa sonhar contigo. já não és o JP, nem o Diogo, e não sei realmente definir quem és. no fundo, és só alguém que provavelmente não existe mas que quero que exista. não te preocupes, eu sei qual é o meu lugar e não vou dizer. vive a tua vida de conquistador nato que eu não te ocupo tempo. o meu é muito, ocupar por ocupar, ocupo o meu.
quando eu já não viver sem ti, penso em dizer-te.
até lá, amo-te
Clara

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6
00:130

ainda dói. 
um dia vou ganhar coragem para te dizer que também sofro com isto. 
e nunca me esqueço.
I will be there, no matter what.

Clara

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6# alice
03:520

   alice, meu amor! (resposta a 5# clara)
   desculpa o tempo em que não te escrevi, mas tenho andado mesmo atrapalhada com tudo por aqui e não tem mesmo dado. só espero que andes bem ou que no mínimo estejas melhor que eu.
   agora se calhar perguntas-te o que está mal comigo. é difícil. tanto de explicar como de saber o que de facto é. tenho a dizer-te que o JP é a mais verdadeira e bonita história de amor que já vivi, mas que finalmente, reconheço que teve um fim. mas eu no fundo até sei viver assim. o que me custa não é isso. o que realmente me custa é saber que já não há aquele carinho entre nós do 'amor' ou do 'princesa'. daquelas mensagens às 3 da manhã 'sonha comigo, sabes o quanto te amo' ou 'não tenho nenhum castelo, mas cuidarei de ti sempre como a minha princesa'. essas noites em que chovia de uma maneira assustadora, mas que com ele sentia-me protegida. as alturas em que estávamos só os dois e corávamos, perdíamos a coragem para nos beijarmos, mas no fundo não havia nada mais que nos apetecesse fazer ou dizer. não vale a pena dizer que há volta a dar porque toda a gente sabe que não há.
agora limita-mo-nos a encenar um sentimento que nunca será o nosso. limita-mo-nos a improvisar um presente que não quero que faça parte do resto do nosso futuro. eu queria senti-lo de volta, mas já nem o que penso e digo me deixa. agora sinto que quero seguir em frente, que quero voltar a aprender tudo de novo. mas não será demais pedir que alguém como ele entre na minha vida? se eu um dia tiver a sorte de conquistar alguém que seja metade do que ele é como pessoa, como namorado ou até mesmo como amigo ou como irmão, vou perguntar-me 'porquê?' mas vou tentar ser feliz, mesmo que só tenha aprendido esse modo de estar na vida com ele. 
   penso que só pelas cartas que te escrevo dá para entender o quão grande era e é o meu sentimento por ele. o que mudou, digo-te (passado um ano), não foi entre mim e ele, mas sim entre nós e o mundo. 
quero saber de ti, dá notícias.
   obrigada por me continuares a ouvir sempre que preciso.
amo-te muito,
clara

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não somos os mesmos
02:480

«uma relação é a dois, desculpa»


     e quando eu não percebia porque me dizias essas coisas. quando imploravas para que não aparecesse no café do costume e que não te olhasse cada vez que sorrias. porque a tua nova relação era a dois. não tinhas espaço no teu coração para te preocupares comigo. esses foram os tempos em que aprendi que continuar sem ti não era um pesadelo mas sim a condição mais triste em que alguma vez vivera.
     mas e agora? que desapareci por uns tempos, para te tentar esquecer, a ti que me suportaste em momentos e dores semelhantes com o diogo. deixei de ir ao nosso jardim, aos nossos cantos, aos nossos ninhos que ninguém mais conhecia. deixei de lembrar o teu cheiro e até deixei de te escrever cartas ou de falar de ti até mesmo à alice. voltas? voltas para de novo me deixares cair sem te poder culpar de não estares lá à noite para mim, sem conseguir arranjar uma forma de te fazer entender o amor e a lealdade que me dispus a partilhar contigo. voltas para me mostrares mais uma vez que não consigo seguir em frente sem te ter do meu lado?
     podes não acreditar, nem tu, nem ninguém. não me interessa. eu não me engano mais. estou aqui para ti, estou aqui para tudo o que precisares , para a tua felicidade e para o bem-estar de quem amas. mas nunca para as tuas relações. 

se voltares, não procures quem já fui , mas sim quem sou e serei a partir de agora.

- muito prazer, Clara. e tu ?

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diogo, look what i found!
02:282

«  you know that i love you, don't you? you are so important that nothing could separate us.        i think to much like you said. but when i treated you the best way ever i was thinking a lot (ahahha).
  i don't want to know what the others think about us and our relation. we have our moments, our photos, our hugs, our kisses and all the other goods times that we spent together. sometimes i tell you things just to shut you up, but the truth is that all of those things are 'real talk'. 
  you keep there when anyone else do, so they can't talk bad things about you. yes, i'm afraid of falling in love with you and loose all we have together. 
  when i follow my heart it always works, and it is just that that i'm doing. now, i'm trying to find a word to finish this, but i just can remember 'love you'. perhaps 'love you' is well,
love you.»

Clara

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5# alice
02:130

alice (resposta a 4#clara )
  hoje trago comigo uma raiva tremida. perguntas: 'porquê tremida?'. eu respondo-te: porque tenho receio de a sentir. sinto que tudo me fugiu. o tempo já não espera que eu chegue para me aconchegar, a noite já não me guarda. agora tenho apenas medo. sinto-me desiludida comigo própria, porque agora quem me desilude faz parte de mim, faz parte de quem sou e de quem sempre me orgulhei de ser junto deles. mas hoje magoam-me, com atitudes egoístas, hipócritas, desumanas. já ninguém pensa no que posso vir a pensar.
  mas o que é que todo esse meu baralhado pensamento interessa quando já terminou o meu tempo? quando já não há volta a dar? eu já nem sofro, já não me sinto infeliz. já nem sequer sinto.
  escrevo tudo com letras minúsculas com o receio de me fugir uma palavra que não quero realçar. porque hoje não sinto nada. porque hoje nada me conforta nem abala. fechei todas as portas, e deixei apenas a janela do meu coração entreaberta. tentei ouvir-me, como me aconselhaste a fazer. obrigada por todos os conselhos mas nada tem resultado. o problema não está nas tuas palavras alice, está em mim e na minha falta de vontade de me sentir viva.
  já não sei se é isto que eu quero ser, já não sei se é mesmo isto que sou. só tenho uma certeza, a de ter fortalecido amizades, ter realçado amores, ter remexido em assuntos que não devia ter trazido do passado. tudo isto para me impedir de desistir. mas o tempo acabou.
  alice, és o que me prende hoje ao meu passado, ao meu estado momentâneo de insatisfação, e ao que hei-de ser. só te peço, não desistas de me tentar acordar.
com muito amor, 
clara

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4# alice
21:380


os finais dos meus falsos contos de fadas são sempre a mesma coisa: tudo à minha volta fica bem e vivem todos felizes para sempre, mas eu? chego a casa e agarro-me a tudo o que me faz lembrar do resto da história, para que não me centre só no desfecho que não me agradou. Por isso, acabo por viver centrada em algo que já nem existe. É verdade que o tenho como amigo, mas já é quase impossível de fazer com que tudo à volta não interfira. Custa dizê-lo, mas sinto que ele não seria capaz de fazer tudo o que continuo a prometer-lhe, a confessar-lhe de olhos a brilhar.
Em relação ao meu anjo da guarda, ele faz-me lembrar aqueles príncipes que te mostram o mundo como tu gostavas que ele fosse, mas que no fim te deixam no meio do nada e vão ter com a bruxa má. Sinceramente esse ‘mini-monstrinho’ era tudo o que eu queria ver no JP e nos últimos tempos não vejo: a atenção, a maneira carinhosa com que me tratava, a preocupação, o tempo que passa a ouvir-me. É difícil. Já agora, o que é que não é difícil? Não há vez nenhuma em que não ache que esse anjo só apareceu para me dizer que o JP não é nem metade daquilo que eu imaginava. Mas quem é que eu quero enganar? Estava só a usar o A para esquecer o último conto de fadas de plástico que protagonizei. Tenho plena consciência de que ele não me é indiferente, mas não sou do tipo de pessoa que se apaixona por umas meras horas de viagem por um mundo que nem sei se existe. As minhas paixões são quentes, vividas, e por muito que eu não quisesse acabam muitas vezes mal. Não acho que me vá, por isso, apaixonar assim tão cedo pelo A. Existem confianças que já não consigo dar a ninguém , e é preciso muito amor para confiar realmente nele, um obrigada especial por te preocupares com esse grande problema do meu coração.
Mas então e tu? Continuas cheia de dúvidas? Ou já chegaste à conclusão que é só receio de seres feliz? Quero-te mesmo animada, deixares de ter força por causa de tudo isto não vale a pena. Sei que serás capaz de ultrapassar isto, como eu também serei.
Nem sempre quem amas te dá as certezas que precisas de ter antes sequer de pensar em dares uma oportunidade àquilo que sentes. Pensa que essas certezas provavelmente estão guardadas para uma esperança futura e agarra-te a tudo o que te faz mesmo feliz!

deixo-te hoje um grande beijinho, meu amor, quero um sorriso teu,
da tua verdadeira amiga,
Clara


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3# alice
11:190


Alice (dreams - 2# clara - entries),            
    quando eu própria perceber o que sinto por ele partilharei sem dúvida contigo. Será em breve, porque já te sei dizer que aquilo que sinto ou senti pelo JP é ou era mesmo amor: puro, verdadeiro, leal, cheio de vontade de vivê-lo, mas não sei até que ponto esse amor já não terá ficado perdido no meio de toda a nossa história. Tenho tentado seguir os teus conselhos, não tenho desistido, tenho chorado, sim, mas com a plena noção de que não é um sinal de fraqueza, mas sim um indicador de toda a minha força, de tudo o que quero para mim e para o meu futuro.  Tenho relembrado todo o meu passado ao lado dele, e cheguei à  melhor conclusão de todas: eu e ele não mudámos um com o outro, o que mudou foi o mundo à nossa volta, a maneira como olham para nós, porque ele continua a olhar para mim da mesma maneira, com o mesmo orgulho no olhar e acima de tudo, no coração. É a sensação de segurança, a sensação de bem-estar que me domina quando ele me envolve com aqueles braços finos mas de herói. Eu não preciso que ele olhe para mim e veja o amor da vida dele, porque eu também não o olho assim. Preciso é que ele não negue no seu interior a importância que temos na vida um do outro, no mundo um do outro. Morreria por ele, ele é uma das razões pela qual acordo todos os dias. Mas eu sei que o mesmo se passa com ele, e repito, é disso que eu mais preciso.
                Tenho aprendido muito á cerca de confiança nos últimos tempos. Posso dizer que, há uns dias, encontrei um anjo da guarda que me deu o conselho que hoje te venho dar, já que na última carta me deste um dos mais importantes conselhos da minha vida, que me fez abrir os olhos para aquilo que realmente valho e sou:
«tenta encontrar alguém que te saiba mostrar todos os dias o quão especial és, porque tu és única, e só essa pessoa te conseguirá definir como tal.»
obrigada por todo o apoio, intencionalmente ou não, tens sido uma grande amiga, 
Clara

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2# alice
20:330

Alice (dreams - 1# clara - entries),
   tenho aprendido com alguns erros meus, com hesitações minhas, com condições que impus ao meu próprio 'querer'. E foram essas dúvidas que puseram de lado todas as oportunidades que fui tendo para ser realmente uma mulher completa, feliz. E esse é o meu ponto de vista. Existem certos assuntos em que não vale a pena hesitar, não vale a pena pensar duas vezes, porque se tu te apaixonares, não será de certo pela diferença de dois dias, mas sim de dois momentos: um em que descobres o que sentes e outro em que descobres o que sente, e não tem de ser de modo algum por esta ordem. No amor não há ordem.
   Por exemplo, olha eu e o Diogo, namorámos, mas não foi por muito tempo porque não era assim que precisávamos um do outro. Mas sinto-me feliz agora, em parte. E essa parte posso mesmo afirmar que é toda por ele, para ele, com ele.
    Por isso aviso:
não te prendas a medos e hesitações do passado, 
porque esses? querem livrar-se de ti
aproveita e livra-te deles 

não tenho andado bem, e a causa não vai deixar de ser o JP.
posso contar contigo?
clara

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1# alice
20:500

Alice (my dreams - 'you and I? - entries),
   se achas que estás sozinha nesse teu mundo cor-de-rosa escuro desengana-te, porque não estás. Tens mais companhia nesse impasse que é o amor do que possas imaginar. Corro todos os dias o Mundo, à procura de alguém como tu em quem me refugiar. Estou a começar a sentir-me cansada de todas estas histórias com o Diogo, o qual eu pensei que já fosse passado, e o João Pedro, que não passa de um passado, futuro desgosto. Não quero maçar-te com os meus problemas, mas acho que podemos apoiar-nos, dar conselhos diários e até resolver alguns embaraços amorosos das nossas cabecinhas juntas.
   Somos as duas muito românticas, muito amantes dele, muito decididas e indecisas. Aqui fica o meu primeiro conselho, o qual aprendi com o JP:
não esperes por ninguém para vingares na vida como queres, 
vinga-te tu primeiro em quem não chegou quando precisaste. 

com um enorme desejo de te conhecer melhor, 
Clara


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destiny
15:240

   
   Há muito tempo que não te escrevo, e sinto essa necessidade. Sinto porque acho que de alguma maneira continuamos ligados por uma força maior que todas as outras. Não digo que seja o amor, mas poderá ser o destino. 
   No outro dia vi-te, ias a passar e senti-te de novo igual, sem ressentimentos, como se ainda estivesse apaixonada por ti. O João continua a ter ciúmes teus, mas sinceramente ele também não tem esse direito: é dono do meu coração, brinca com ele, parte-o, não está de certo à espera que lhe deva algum tipo de fidelidade!
   Mas voltando a nós, ou melhor, a ti, não sei porquê mas senti que sentiste o mesmo, com outra intensidade, é um facto, mas penso que o sentiste. Deixa-me saber se tiver razão, Diogo. 
Nunca deixei de te amar, 
Clarinha

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não reclames
18:252

    Tenta sempre mostrar o que sentes, tenta sempre olhar para o lado quando vais falar dos teus problemas, acredita que se te sentes uma ilha há quem sinta que não merece nada do que tem. Dá valor ao que tens, dá valor ao que demonstram sentir por ti, não duvides do amor de quem nunca te faltou quando mais precisaste. 
«nada que é bom é fácil na vida»
   Luta por ti, luta por tudo o que te preenche, luta por quem te completa. Completa-te a ti própria, faz tudo para te sentires bem. Desconfia de quem te sorri. Protege-te, protege-te daquilo que te pode vir a magoar. Deixa verem quem és, mas guarda os teus segredos para o fim de tudo.
«não confio, só dou votos de confiança»
   Mas não te feches no teu Mundo, deixa quem mais precisas entrar, mas não faças da tua vida um palco para os outros, faz da tua vida aquilo que tu, e só tu, quiseres. Vais ter quem queira ocupar o teu lugar de protagonista, mas não deixes. Na tua vontade ninguém tem poder. 
   «antes de ofenderes o escuro tenta acender a luz»
   Há muito quem queira o teu bem. Acima de tudo, aprende a viver contigo mesma. O resto virá por acréscimo. 
Espero ter razão.                                                     [não é JP?]
Clara

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refúgio
20:311

  Ia a virar a esquina, porque te vi entrar no café que combinámos (5 minutos atrasado). Vou ter contigo e sinto que a cada passo que dou estou mais perto não de ti, mas da outra metade de mim. Até que vi que te tinhas esquecido de mim, e que estavas no nosso café, no lugar onde tinhas combinado ver-me depois de todas as tuas semanas de viagem, com ela. Era para ir ter contigo na mesma, e oferecer-te aquela que seria a minha última lágrima por ti. Achei não merecer mais humilhações. Vim embora com o meu orgulho e as minhas saudades tuas guardadas na minha mão apertada de raiva contida. Não me ia sujeitar mais a esse tipo de exposições em frente aos teus amores passageiros, quando sei que depois deles te lembras de mim inevitavelmente. 
  Ia a caminho da minha pequena casa na praia, aquela onde me levarias depois dos desenhos na lama do parque, onde eu iria pensar em tudo o que me tinhas dito nos nossos últimos momentos juntos. Senti-me tonta, nem me lembro ao certo que caminho tomei. Só me senti em mim outra vez quando pisei a areia da praia. Deixei-me cair porque, apesar de tudo e para ser realista, eu sabia que este dia ia chegar. 
  Apetece-me mandar-te uma mensagem a dizer:
'eu estive lá, mas tu não me viste'
  Mas sei que, independentemente da tua reacção, a resposta seria a mesma.
[you]
Clara

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sexta-feira (João Pedro)
15:521

   Nem sou capaz de descrever a faltar de ar que sofri ao acordar quando pensei em ti.
   Amanhã já vou receber mensagens tuas, já vou correr para o telemóvel antes que desligues. Isto depois de te ver:
   Vou chegar 5 minutos atrasada ao nosso encontro só porque sei que torna tudo mais romântico. Apesar de já estar na esquina do café há uns dez minutos, vou esperar que entres, vou esperar que não faltes, vou esperar para te ter de novo, tal e qual o que eras. Não quero que o faças como recompensa pela tua ausência na última semana mas sim como algo que, quando chegares a casa e pensares em mim, isso te faça sorrir, porque sabes que sorri também.
   Depois vamos até ao parque, onde me vais dizer as palavras mais bonitas, enquanto seguras a minha mão. Vais obrigar-me a andar descalça para fazermos desenhos com os pés na terra molhada junto do lago. Vais implorar-me que eu desfaça a minha trança só porque veneras quando cheiras o meu cabelo enquanto me abraças. É nesse abraço que vais resumir o infinito entre dois momentos - aquele em que me deixaste cá e o em que partiste. Sei que não será difícil convenceres-me de que te lembraste de mim de todas as vezes que sorrias, em todas as noites antes de adormeceres, em todos os momentos em que desejavas que ainda fizesse parte de ti. 


   Esta é a minha realidade, é aquilo que sonhei antes de me faltar o ar.
   Não te esqueças do relógio em cima da mesa de cabeceira do hotel, como fazes com frequência, a tua desculpa é sempre a de gostares de 'andar perdido no tempo'. 
Na esquina do café, à espera que entres, 
Clara


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quinta-feira (João Pedro)
15:052

   Se voltares, volta. Se não quiseres voltar, é contigo. Não te esqueças que sempre esperei por ti, até nos momentos em que me custou, eu fiquei à espera que as viagens acabassem para te sentir de novo aqui, como em tempos não recusavas estar.
   Se amares, ama. Ama com o coração, com a intenção de me fazer feliz, não ames só por amar. Mesmo que penses que em muitos momentos não me lembro do teu amor, é mentira. Se existe algo que gostaria de mudar era o meu constante pensamento em ti. Não tenho paciência para me sentir apaixonada por momentos tão distantes, por imagens tão antigas, pelos teus doces lábios, pelo divagar dos teus olhos, pela temperatura da tua pele. 
   Se chamares, chama. Grita por mim, faz o que estiver ao teu alcance e o que não estiver para me teres do teu lado todos os instantes desse tempo finito conjugado no plural, desse tempo que já começou, e que espero que ainda não tenha acabado. O nosso tempo.
   Se quiseres sentir saudades, sente.

Não serás o único.
[falta pouco para te ver de novo]
Clarinha


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