3# alice
quando
eu própria perceber o que sinto por ele partilharei sem dúvida contigo. Será em
breve, porque já te sei dizer que aquilo que sinto ou senti pelo JP é ou era
mesmo amor: puro, verdadeiro, leal, cheio de vontade de vivê-lo, mas não sei
até que ponto esse amor já não terá ficado perdido no meio de toda a nossa
história. Tenho tentado seguir os teus conselhos, não tenho desistido, tenho
chorado, sim, mas com a plena noção de que não é um sinal de fraqueza, mas sim
um indicador de toda a minha força, de tudo o que quero para mim e para o meu
futuro. Tenho relembrado todo o meu
passado ao lado dele, e cheguei à melhor
conclusão de todas: eu e ele não mudámos um com o outro, o que mudou foi o
mundo à nossa volta, a maneira como olham para nós, porque ele continua a olhar
para mim da mesma maneira, com o mesmo orgulho no olhar e acima de tudo, no
coração. É a sensação de segurança, a sensação de bem-estar que me domina
quando ele me envolve com aqueles braços finos mas de herói. Eu não preciso que
ele olhe para mim e veja o amor da vida dele, porque eu também não o olho
assim. Preciso é que ele não negue no seu interior a importância que temos na
vida um do outro, no mundo um do outro. Morreria por ele, ele é uma das razões
pela qual acordo todos os dias. Mas eu sei que o mesmo se passa com ele, e
repito, é disso que eu mais preciso.
Tenho
aprendido muito á cerca de confiança nos últimos tempos. Posso dizer que, há
uns dias, encontrei um anjo da guarda que me deu o conselho que hoje te venho
dar, já que na última carta me deste um dos mais importantes conselhos da minha
vida, que me fez abrir os olhos para aquilo que realmente valho e sou:
«tenta encontrar
alguém que te saiba mostrar todos os dias o quão especial és, porque tu és
única, e só essa pessoa te conseguirá definir como tal.»
obrigada por todo o apoio, intencionalmente ou não, tens sido uma grande amiga,
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